quinta-feira, 25 de março de 2010

Dalva de Oliveira

Vicentina de Paula Oliveira, conhecida como Dalva de Oliveira, (Rio Claro, 5 de maio de 1917 — Rio de Janeiro, 30 de agosto de 1972) foi uma cantora brasileira.

Biografia

Filha de um carpinteiro e clarinetista nas horas vagas, o Mário Carioca, e da portuguesa Alice Oliveira, Dalva nasceu em 5 de maio de 1917 na cidade de Rio Claro, São Paulo. Em 1935, no Cine Pátria, Dalva conheceu Herivelto Martins que que formava ao lado de Francisco Sena o dueto Preto e Branco; foi terminado o dueto e nascia o Trio de Ouro. Iniciaram um namoro e, no ano seguinte, iniciaram uma convivência conjugal, oficializada em 1939 num ritual de Umbanda, que gerou os filhos: Pery Ribeiro e Ubiratan de Oliveira Martins. A União durou até 1947, quando as constantes brigas e traições por parte de Herivelto deram fim ao casamento. Em 1949, oficializaram a separação. Em 1952, após ganhar o título de Rainha do Rádio, Dalva de Oliveira excursionou pela Argentina, ocasião em que conheceu Tito Clement, empresário que se tornou seu segundo marido, e com ele teve uma filha chamada Dalva Lúcia de Oliveira Clement, a qual Dalva brigou na justiça pela guarda da menina, que fica com o marido. Em 1963, Dalva de Oliveira e Tito Clement se separaram. Ela volta ao Brasil, sendo que a filha vai visitá-la nas férias, como os filhos que estão no internato. Mais tarde, ela conhece Manuel Nuno Carpinteiro, muitos anos mais jovem, que se tornaria seu último marido.

Carreira

Em 1937, a Dalva gravou, junto com a Dupla Preto e Branco, o batuque Itaquari e a marcha Ceci e Peri, ambas do Príncipe Pretinho. O disco foi um sucesso, rendendo várias apresentações nas Rádios. Foi César Ladeira, em seu programa na Rádio Mayrink Veiga, que pela primeira vez anunciou o Trio de Ouro. Em 1949 deixou o trio, quando excursionavam pela Venezuela com a Companhia de Dercy Gonçalves. Em 1951 retomou a carreira solo, lançando os sambas Tudo acabado (J. Piedade e Osvaldo Martins) e Olhos verdes (Vicente Paiva) e o samba-canção Ave Maria (Vicente Paiva e Jaime Redondo), sendo os dois últimos grandes sucessos da cantora. No ano seguinte foi eleita Rainha do Rádio, e excursionou pela Argentina, apresentando-se na Rádio El Mundo, de Buenos Aires, na qual conheceu Tito Clement, que se tornou seu empresário e depois marido, pai de sua filha, como mencionado anteriormente. Ainda em 1951, filmou Maria da praia, dirigido por Paulo Wanderley, e Milagre de amor, dirigido por Moacir Fenelon.

No dia 18 de agosto de 1965, sofreu um acidente automobílistico na cidade do Rio de Janeiro, que resultou na morte por atropelamento de três pessoas.

Morte

Três dias antes de morrer, Dalva pressentiu o fim e, pela primeira vez, em sua longa agonia de quase três meses, falou da morte. Ela tinha um recado para sua amiga Dora Lopes, que a acompanhou no hospital: "Quero ser vestida e maquiada, como o povo se acostumou a me ver. Todos vão parar para me ver passando". Ela faleceu em 30 de agosto de 1972, vítima de uma hemorragia interna provavelmente causada por um câncer. A cantora viveu o apogeu nos anos 30, 40 e 50.


A cantora Dalva de Oliveira canta um de seus maiores sucessos, a carnavalesca "Estrela do Mar".
Número musical do filme, "Tudo Azul" (1952), de Moacyr Fenelon.


A última apresentação de Dalva na TV Tupi, início dos anos 70. Ela canta Neste Mesmo Lugar:

Nenhum comentário: