quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Susana Vieira


Sônia Maria Vieira Gonçalves, mais conhecida como Susana Vieira (São Paulo, 23 de agosto de 1942), é uma actriz brasileira.







Biografia

O pai de Susana, Mario Vieira Gonçalves, era militar e foi adido militar na embaixada do Brasil em Buenos Aires, a mãe, Maria da Conceição Gonçalves, trabalhava no consulado, daí adveio o casamento e o nascimento dos filhos. Susana, batizada como Sônia Maria Vieira Gonçalves, nasceu na Maternidade São Paulo, na capital paulista. Além de Susana, o casal teve mais quatro filhos: Sérgio Ricardo Vieira Gonçalves, Sérvulo Augusto Vieira Gonçalves, a também atriz Susana Vieira Gonçalves e Sandra Vieira Gonçalves.

Como acontece com famílias de diplomatas, Susana viveu em vários países e teve uma educação esmerada, tendo aprendido vários idiomas. Sua primeira infância foi entre Montevidéu, Buenos Aires e Londres. Foi em Buenos Aires que ela estudou balé, apresentando-se várias vezes no Teatro Colón, o melhor teatro daquela cidade. E foi ainda através da dança que, já no Brasil, apareceu num programa da TV Tupi de São Paulo, em 1960. Ganhando cachê e ser ser contratada, começou a participar de vários "TV de Vanguarda" e "TV de Comédia".

Em 1961, Suzana casou-se com o diretor Régis Cardoso. Em 1963, logo depois de ter se formado em balé clássico pelo Teatro Municipal de São Paulo, passou a fazer parte do corpo de baile da TV Tupi, dançando nos programas durante a apresentação de cantores. Foi lá que o diretor Cassiano Gabus Mendes a viu e, achando-a bonita, começou a coloca-la no elenco de teleteatros e telenovelas. Por pressão do marido interrompeu a carreira artística para ser dona-de-casa, mas, depois que nasceu seu único filho em 1964, voltou ao trabalho. Em 1966, atuou em três novelas na TV Exelsior: Almas de Pedra, As Minas de Prata (ambas do diretor Walter Avancini) e Ninguém Crê em Mim. Em 1967, já na TV Tupi atuou em Estrelas no Chão. De 1968 a 1969, atuou em várias novelas da TV Tupi, TV Record e TV Excelsior. Em 1970, Suzana foi contratada pela Rede Globo.

Em 1972, Susana divorciou-se de Régis Cardoso. No ano de 1975, ganhou o seu primeiro troféu APCA como melhor atriz pela atuação na telenovela O Espigão. O segundo troféu veio no ano seguinte pela atuação em A Escalada. Foi somente em 1976 que Susana Vieira fez seu primeiro papel como protagonista de telenovela, na novela Anjo Mau. Nesta novela, Susana fez muito sucesso no papel de Nice, uma moça ambiciosa que não media esforços para conseguir o que queria, por conta das maldades de sua personagem chegou até a ser agredida na rua. A implicância com a personagem era tanta que o público fez até um abaixo assinado para que ela morresse no final da novela e o autor, Cassiano Gabus Mendes, decretou sua morte no último capítulo. Depois de Nice, Suzana se destacou no papel da protagonista da telenovela A Sucessora de 1978 como a insegura Marina Steen. Em 1981, posou nua para a extinta revista Status Plus. Em 1983 aceitou o convite para atuar numa telenovela mexicana, Profesión: Señora. A oportunidade surgiu com o sucesso na América Latina de A Sucessora. Em 1985 posou para Playboy, porém não foi, apareceu nua apenas nas páginas interiores da revista.

Seu terceiro papel como protagonista foi em 1987, no papel de Marta em Bambolê. Depois disso só foi protagonista em 1995 na novela A Próxima Vítima no papel de Ana Carvalho Rossi, a novela fez grande sucesso pelo suspense ao revelar o nome do assassino de vários personagens no último capítulo, e Senhora do Destino, de Aguinaldo Silva onde interpretou a batalhadora Maria do Carmo.


Recebeu, em 2002, uma homenagem especial durante a entrega do Prêmio Austragésilo de Athayde, oferecido pela Academia Brasileira de Letras. No mesmo ano participou do CD do cantor Alexandre Pires, Minha vida, minha música, em que Susana narra a faixa de abertura.

Em 2006, participou do quadro Dança no Gelo, do Domingão do Faustão, sendo a segunda a deixar o programa, em 27 de Agosto de 2006, após muita uma discussão polêmica com jurados do programa .




domingo, 10 de fevereiro de 2008

Clara Nunes

Clara Francisca Gonçalves Pinheiro, conhecida como Clara Nunes, (Caetanópolis, 12 de agosto de 1943 — Rio de Janeiro, 2 de abril de 1983) foi uma cantora brasileira, considerada uma das maiores intérpretes do país. Pesquisadora da música popular brasileira, de seus ritmos e de seu folclore, Clara também viajou várias vezes para a África, representando o Brasil. Conhecedora das danças e das tradições afro-brasileiras, ela se converteu à Umbanda. Clara Nunes seria uma das cantoras que mais gravaria canções dos compositores da Portela, escola para a qual torcia. Também foi a primeira cantora brasileira a vender mais de 100 mil cópias, derrubando um tabu segundo o qual mulheres não vendiam disco.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Beija-Flor 2008 - Samba-Enredo

“MACAPABA EQUINÓCIO SOLAR VIAGENS FANTÁSTICAS AO MEIO
DO MUNDO”



Autores: Cláudio Russo- Carlinhos Detran - J. Velloso - Gilson Dr. – Kid - Marquinhos

Intérprete: Neguinho da Beija-Flor


É manhã
Brilho de fogo sob o sol do novo dia
Meu talismã, a minha fonte de energia
Oh deusa do meu samba, a flor de Macapá
No manto azul da fantasia
Me faz mais forte, extremo Norte
A luz solar, ilumina meu interior
Vou viajar na Linha do Equador
Emana ao meio do mundo a beleza
A força da Mãe Natureza, é Macapaba
O rio beijando o mar, encontro das águas

Marejando meu olhar


Quem foi meu Deus que fez do barro poema
Quem fez meu Criador se orgulhar
Os Cunanis, Aristés, Maracás,
Foram dez, foram mais, pelo Amapá


Um dia, navegando em rios de Tupã

A viagem fantasia, dos filhos de Canaã
A mágica da terra, a cobiça atraiu
Ibéria se enleva no Brasil
A mão de Ianejar


Na fortaleza pela proteção da vida
Em São José de Macapá
Brilha Mairi a minha estrela preferida
Herança moura em Mazagão
Retiro meu chapéu de bamba e assim
O marabaixo ao marco zero cai no samba
Soam tambores no tocar do tamborim


O meu valor me faz brilhar
Iluminar o meu estado de amor
Comunidade impõe respeito
Bate no peito eu sou Beija-Flor





ENREDO

JUSTIFICATIVA:

Viagem e sonho, realidade e fantasia; porções que juntam na receita de um carnaval. Viajar na história real, misturando ilusão e magia, é traçar a linha imaginária que tece o enredo, recheando de arte e poesia, para enfeitar a festa do povo.
A brasilidade, é o tempero que atrai, como aroma de algo familiar e a pitada do desconhecido nos desperta a fome do saber.
Por isso, a Beija-Flor de Nilópolis tem o orgulho de apresentar: “Macapaba – Equinócio Solar – Viagens Fantásticas ao Meio do Mundo”. Um tema brasileiro, que mistura mito e realidade, acendendo a luz do conhecimento ao levantar o manto que encobre uma terra fascinante e que, ao fazê-lo, revela uma redescoberta do Brasil.
“Macapaba”, que na língua indígena quer dizer concentração de “bacabas” ou “bacabeiras”, uma palmeira nativa da Amazônia, de onde deriva o nome Macapá, a capital do Estado do Amapá (nome de outra planta), cenário onde se desenrola a nossa história.
A região é também conhecida como ‘meio do mundo’, por ser cortada pela Linha do Equador, o Marco Zero divisor dos hemisférios Norte e Sul.
Macapá é o palco onde ocorre o fenômeno do equinócio, quando, em dois períodos do ano - no Outono e na Primavera - o Sol se posiciona à 90 º dessa linha divisória, iluminando por igual os dois hemisférios, fazendo com que os dias e as noites tenham a mesma duração de 12 horas.
Fantástica é a obra do destino, que nos levou à esta cidade que completa 250 anos no dia 4 de fevereiro, dia de carnaval. E os raios do Sol nos guiaram para essa região mágica, de muita beleza, riqueza e de história, muita história pra contar.



Desde a formação de nosso povo, há muitos milênios atrás, à visitação de povos antigos, navegantes e desbravadores, em busca de mitológicos ‘Eldorados’ e a saga pela expansão e demarcação do nosso território.
Terra por muitas terras cobiçada, porta de entrada para a exuberância, encanto e riqueza da Amazônia; é um paraíso preservado, que abriga em suas matas, uma grande diversidade ecológica. Em sua rica fauna, espécies incomuns e, dentre elas, uma pequena jóia rara, mais uma feliz coincidência: um delicado pássaro chamado de ‘Brilho de Fogo’, um beija-flor.
Por essa e por outras razões, que a nossa Escola percorre essa terra encantada. É esse brilho que nos encanta; é esse fogo que nos impulsiona e nos ilumina a imaginação, e faz com que um outro Beija-Flor, de Nilópolis, faça essa viagem fantástica ao ‘meio do mundo’, para revelar Macapá e o Amapá, o extremo ponto onde começa o Brasil, no mapa e em sua história real.
E assim, na fantasia que nos envolve e que enfeita essa trajetória, o samba vai contar, em poesia, a contramão de nossa história; viajando nessa linha imaginária que nos une, numa aventura surreal por mares e rios, muito antes navegados. Hoje a Beija-Flor, desbravadora, descobre mais um carnaval.
És a terra dos encantos, de uma viagem fantástica, iluminada de sol, que te faz “meio do mundo”, o coração do Amapá; que emerge como Marco Zero da linha que enlaça e nos leva ao redor do planeta, numa ciranda, feito uma dança que gira, que mexe até onde a imaginação alcança.
E nesse caleidoscópio mágico, o carnaval traz a história contra a história, onde o real e a fantasia se misturam. E nessa mescla, em forma de festa, canta “parabéns à você” nessa passarela, que hoje é o seu rio onde desfila Nilópolis, a sua floresta, que semeou e fez crescer; duas plantas que se fundiram: “Macapaba” e “Amapá”, criando uma raiz de amor que ao som do batuque “Marabaixo”, como ladrão rouba um verso e faz brotar seu universo, num poema escrito em samba, no coração da Beija-Flor.

SINOPSE :

Resplandece a noite da folia, como quem clareia, trazendo a luz que ilumina a alegria, a “Deusa” e seu manto azul do dia, radiante como o Sol que brilha, ‘Brilho de Fogo’, que nos aquece e incendeia, faiscante de esplendor.
Lança seu vôo, pássaro encantado! Nos conduz em suas asas; reluz seu sonho, Beija-Flor! Segue a trilha do horizonte, tece a imaginação, faz a sua viagem fantástica; leva o nosso coração, entrelaça a poesia na Linha do Equador; faz do canto, o contar dessa história, e do seu samba uma canção de amor.
Abra o ‘Portal da Amazônia’, rasga o céu, a ‘tenda da chuva’, que alimenta a infinda luta, das águas titãs a se enfrentar: Do mar que quer sempre ser rio, do rio que insiste em ser mar. Revela essa terra encantada, ‘Macapaba’ enraizada por seu nome de palmeira; bacaba, bacabeira; verde selva, “verde” aos olhos desconhecidos, “madura”, agora ao se mostrar por inteira.
Vem contar que és a face primeira, que os andarilhos do Oriente beijaram de amor ardente, na aurora da ‘Tribo Brasileira’, que por Ti se fez raiar. Modela em barro a sua história, por ‘Cunanís’, ‘Maracás’, ‘Aristés’ e ‘Aruãs’; resplandece do ocaso a civilização perdida, escava da terra o passado e dê vida, como ceramista que dá forma ao pó.
Traz à luz os seus segredos lendários, dos relatos de épocas distantes, que foste a terra do sol à pino, brilhante, que a Fenícia visitou, guardiã de tesouros escondidos, traços pela mata engolidos, mistério que o tempo apagou.
Faz lembrar que foste Brasil, no anteontem de Vera Cruz, a “terra à vista” por Vespúcio, a fúria de um rio que enfrentou Pinzón, a “Nova Andaluzia” de Orellana, presente que não herdou. Que vistes os ‘grandes olhos de cobiça’ de além, a ser tentada por tantos, portanto, ao tempo foste terra de ninguém.
Mostre assim, que a sua força está no chão, no ar, nas águas, na natureza; que és a grandiosa nação “Waíãpi”, que um dia viu na pele branca portuguesa, a reencarnação de “Ianejar” e que se permitiu erguer a fortaleza, em forma de “Mairi”, uma estrela, descida do céu de Tupã. E como mito que recria a vida, dela assim se fez crescer a vila de São José de Macapá.
Vem refletir a face escura, que um dia a selva conheceu, da caravana vinda de longe, das terras de areias brancas, que como semente ao vento, se lançou no ventre verde da sua mata e que em suas entranhas cresceu. Faz ressuscitar o que jaz na mente, a herança marroquina, presente, mourisca lembrança de Mazagão, que entre a cruz e a espada, o sangue da “Guerra Santa” fez respingar em seu chão.
Por tudo isso, és a terra mais morena, de toda a amazônica paisagem, és cabocla, és mistura, és miragem; africana no batuque do “Quilombo do Curiaú”; no tempero, és brasileira, terra de múltiplas cores, de cheiros, de sons, de sabores; acima de tudo és verde, és fértil, és promissora.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Tom Jobim

Tom e Elis no Fantástico cantando Águas de Março (1974)


Tom Jobim & Toquinho - Wave


Garota de Ipanema