quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Rita Lee

Com Paula Toller - Desculpe o auê


Lança Perfume


Amor e Sexo

sábado, 20 de dezembro de 2008

Ricky Vallen

I will survive


When you believe com Shirley Carvalho


Ojos Asì

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Vanessa da Mata

Vanessa da Mata e Lenine - Ai ai ai


Quem irá nos proteger


Nossa Canção

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Patricia Camin

Não Deixe o Samba Morrer


À Francesa


Te Amo Cada Vez Mais (Vencedora do Faustão)

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Raul Seixas

Eu Nasci Há Dez Mil Anos Atrás


Tente Outra Vez


O Dia em Que a terra Parou

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Shirley Carvalho

Audição:


Top 32 Feminino

*É isso aí:


Top 12

*Quando Chove:


*W Brasil (com restantes colegas):


Top 10

*Ai que saudade d'ocê:


*A Estrada (com os restantes colegas):


Top 9

*Já foi:


*Noites de Prazer (com os restantes colegas):


Top 8

*Vento do Litoral:


*Olhos Coloridos (com os restantes colegas):


Top 7

*Assim que se faz:


*Não quero dinheiro (só quero amar) (com os restantes colegas):


TOP 6

*Resposta:


Top 5

*Um Dia, Um Adeus:


*Andança:


*Festa (com os restantes colegas):


TOP 4

*Tente Outra Vez:


*Deixo:


TOP 3

*Um Anjo Veio Me Falar:


*Se Eu Não Te Amasse Tanto Assim:


*Música tema da novela Amigas E Rivais


Top 2 - Final

*Colecção:


*Tente Outra Vez:


*Razão e Coração:

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Patricia Camin

It´s Raining man


Say A Little Prayer


Lady Marmelade

sábado, 20 de setembro de 2008

Carla Priscilla


Meu grande amor:


Força Estranha:


Tempo de Vencer:


Nada de Mais:

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Ana Carolina



Quem de nós dois:


Beatriz:


É isso ai, com Seu Jorge:

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

domingo, 31 de agosto de 2008

Ivete Sangalo


Chupa Toda, com Gilberto Gil:

Flor do Reggae:


Beleza Rara, no tempo da Banda Eva:

sábado, 30 de agosto de 2008

Cássia Eller




Por Enquanto:


Primeiro de Julho:


Malandragem:

domingo, 24 de agosto de 2008

Adriana Calcanhoto


Vambora:




Devolva-me:




Esquadros:


quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Ana Carolina

Só de Sacanagem, poema de ELISA LUCINDA:


Vê se me esquece (ao vivo):


Eu nunca te amei idiota (ao vivo):

terça-feira, 19 de agosto de 2008

3° Festival da MPB - TV Record (outubro, 1967)


1º - Ponteio, de Edu Lobo e Capinan, com Edu Lobo e Marília Medalha, Quarteto Novo e Momento Quatro:


2º - Domingo no parque, de Gilberto Gil, com Gilberto Gil e Os Mutantes:


3º - Roda viva, de Chico Buarque, com Chico Buarque e MPB-4:


4º - Alegria, alegria, de Caetano Veloso, com Caetano Veloso e Beat Boys:


5º - Maria, carnaval e cinzas, de Luiz Carlos Paraná, com Roberto Carlos:


"...O festival de 1967 foi, talvez, o mais rico musicalmente. Mais uma vez recorde de audiência, não somente para musicais, mas atingiu um número de espectadores jamais igualado até hoje por qualquer programa da TV brasileira. Era o ponto culminante do trabalho de todo aquele elenco, que tinha a platéia ideal para exercitar suas ousadias.

O júri prévio teve grande trabalho. Reunido mais uma vez nos fundos da casa dos Medaglia, teve dificuldade em definir as 36 eleitas. Sérgio Cabral defendeu com unhas e dentes a classificação de um samba estranho do Sérgio Ricardo, Beto Bom de Bola, que mais tarde iria dar o que falar. Gil, para fugir do regulamento, inscreveu como de autoria da Nana Caymmi Bom Dia, mais um tema urbano que chamou a atenção do júri prévio. Johnny Alf classificou Eu e a Brisa; Edu Lobo, Ponteio; Chico Buarque veio com Roda Viva.

Convocando Elis para defender sua música, Dori Caymmi e Nelson Motta classificaram O Cantador; Luiz Carlos Paraná convenceu Roberto Carlos a cantar Maria, Carnaval e Cinzas; O Combatente era uma triste tentativa de Walter Santos e Tereza Souza de entrar no clima festivalesco, contrariando todo o seu trabalho anterior, que o júri prévio deixou passar muito provavelmente por respeito aos autores. O Vandré, buscando um tema que não ferisse suas posições e representasse a classe que presumia ser seu eleitorado, classificou uma coisa estranha, movida a buzinas iluminadas, em uma tentativa de repetir o efeito causado pela queixada de burro, que falava do chofer de caminhão, De como um Homem Perdeu seu Cavalo e Continuou Andando, ou Ventania.

As gravadoras, percebendo o grande veículo em que o festival havia se transformado para seus artistas, passaram a incentivar a formação das torcidas, o que viria a perturbar o desenvolvimento normal da competição, desviando-a do caminho político,que havia ocupado até então, para o do marketing de artistas e gravadoras.

Em 1967, logo na primeira eliminatória, uma imensa torcida foi organizada para “apoiar” O Combatente, cantada pelo Jair Rodrigues. Sua desclassificação foi merecida no meu entender, pois era um trabalho que nada tinha a ver com o que o Walter Santos e a Tereza Souza haviam feito até então, que buscava nitidamente a reação da platéia através de recursos festivalescos. Foi a primeira. grande vaia dos festivais, o que deu início a uma seqüência de acontecimentos desagradáveis.

Mais grave foi a rejeição, pela platéia, ao samba de Sérgio Ricardo, Beto Bom de Bola, que mais uma vez, ajudado pelo jurado Sérgio Cabral, conseguiu ser uma das classificadas para a finalíssima. Era um samba mal-ajambrado que, a não ser pelo lado social, com argumento de Sérgio Cabral, nada tinha a ver com o talento de Sérgio Ricardo, que por sinal cantou muito mal.

Quando a música foi apresentada na final, Sérgio, que já tinha sido mal recebido, pediu a atenção para o “novo” arranjo, o que desagradou ainda mais a platéia, além de contrariar o regulamento, que não permitia que a música sofresse qualquer modificação entre uma apresentação e outra. Sérgio tentou cantar, mas a manifestação foi tão ruidosa que ele nem sequer conseguia ouvir o acompanhamento. Interrompeu a música e tentou argumentar. Como a vaia era ininterrupta, passou a ameaçar a platéia. Era ele contra uns três mil, mais ou menos. Em determinado momento, perdendo totalmente o controle, gritou: “Está bem, vocês venceram”, quebrou o violão no banquinho e o atirou na platéia. Foi desclassificado. Nem precisava.

Nesse festival o júri deixou passar em brancas nuvens Eu e a Brisa, do Johnny Alf, lindamente defendida pela Márcia, felizmente descoberta pelo público, que a transformou num dos maiores sucessos de 67. Fico pensando no que teria acontecido se a linda melodia de Johnny Alf tivesse sido cantada pela Elis. O júri prévio também andou dando suas mancadas, não percebendo Máscara Negra, do Zé Keti, que arrasou no carnaval seguinte.

Aos que protestaram contra o júri prévio, alegando que suas músicas não tinham sido ouvidas com a atenção merecida, abrimos o Teatro Record e permitimos que fosse feita uma apresentação das músicas dos compositores que se julgavam injustiçados. Demos aos insatisfeitos todas as condições técnicas e tempo para que ensaiassem. Depois de alguma divulgação, na noite dos revoltados, o Teatro Paramount estava lotado. O clima era de hostilidade, afinal cada compositor inscrito achava ser a sua a melhor música jamais composta. Era só apresentá-la e esperar pela entrega do cheque. Foi uma noite cheia de manifestações de novas torcidas a defender parentes e amigos. Por momentos chegou até a lembrar um festival de verdade.

A manchete do Jornal da Tarde, no dia seguinte, foi a melhor resposta que poderíamos ter tido: “O Júri Tinha Razão”. Edu Lobo, com um trabalho impecável, venceu o festival de 1967 com Ponteio, que tinha a parceria de Capinan. Era de uma competência impressionante e de uma força irresistível, sem apelar para os chavões que levantavam as platéias. Edu, Marília Medalha, o vocal do Momento Quatro e o Quarteto Novo fizeram uma apresentação que dificilmente outra música poderia superar, mas foi também exemplo de que, em geral, um júri, por mais que apregoe modernidade, tem sempre uma tendência conservadora.

Era um período de mudanças. O mundo jovem se agitava. Na Europa, o som dos rapazes de Liverpool, de Jimi Hendrix e Janis Joplin quebrava tabus e as novas gerações questionavam o que lhes era servido como moral. A primeira vez que ouvi o disco Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band, dos Beatles, foi na cabine do Teatro Record.

Zuza Homem de Mello, então principal engenheiro de som da emissora, havia recebido um exemplar e, tendo aparecido na minha sala com a novidade, onde eu fazia uma reunião com Caetano Veloso, não conseguiu mais se livrar de nós, até que, vencido pelos vários apelos e algumas ameaças, nos levou para que finalmente pudéssemos conhecer o que viria a ser um dos marcos dos anos 60. Após A Day In The Life, a última faixa do LP, saí da cabine como se tivesse sido dopado, tal a impressão que o disco causou. Caetano e eu descemos em silêncio até a minha sala e assim ficamos por muitos minutos, pois nada havia para ser dito naquele momento de espanto.

She’s Living Home, um marco contra a hipocrisia e a intolerância dos pais ante a nova postura dos jovens. George Martill, o produtor musical e arranjador do disco, utilizando as experiências contemporâneas de Stockhausen em A Day In The Life, rompia os limites da música pop. Lucy In The Sky With Diamonds abria mentes e permitia que, sem lenço e sem documento, Alegria Alegria sugerisse esse tipo de sutileza quase subliminar. Embora Caetano negue que tenha sido intencional, e ele deve falar a verdade, a associação é inevitável.

Domingo no Parque, com sua cinematográflca abordagem do drama do João, que amava Juliana, que amava José, tão bem arranjada pelo Rogério Duprat, que se lembrou do talento dos The Six Sided Rockers, significativamente rebatizados de Mutantes, derrubou a barreira do preconceito que os tradicionalistas erguiam contra uma linguagem universal para a música brasileira. A reação da platéia diante de Gilberto Gil foi de delírio total, transformando em sussurro as eventuais vaias que tentavam impedir que guitarras elétricas acompanhassem uma das manifestações mais significativas da cultura brasileira da época. Já na tarde de sua primeira apresentação, o ensaio foi arrasador.

Era o assunto de todos os que acompanhavam os trabalhos no Teatro Record, mas principalmente assunto do próprio Gil, que falava tanto e tão alto que atrapalhava os ensaios das outras músicas que seriam apresentadas. Fui obrigado a chamar sua atenção, o que o fez sair meio ressabiado. Algumas horas depois, recebo um telefonema do Paulinho de Carvalho. apavorado, dizendo que o Gil se recusava a apresentar a música naquela noite, por ter sido destratado por mim na frente de todo mundo. O Paulinho foi ao hotel Danúbio, onde Gil estava hospedado com Nana Caymmi, então sua mulher, tentar convencê-lo a desistir da desistência. Paulinho encontrou o Gil deitado, com rosto coberto por uma grande toalha enrolada na cabeça e outra nos pés, dizendo que já estava feliz pelo resultado da gravação do Domingo no Parque, que tinha acabado de registrar, e que não set sentia com condições psicológicas para cantar naquela noite.

É evidente que Gil estava pressionado por uma tremenda insegurança afinal, estava quebrando tabus e limites sem saber qual seria a reação da ala conservadora da MPB à sua ousadia. Lá fui eu me desculpar com o tagarela, que estava quase perdendo a oportunidade de dar um salto fantástico em sua carreira, além de transformar aquela noite em história para a MPB.

Em outra eliminatória encontro o Guilherme Araújo, muito apreensivo antes da apresentação de Alegria Alegria. Caetano havia escolhido para acompanhá-lo um grupo de músicos chamado Beat Boys, que tocavam absolutamente imóveis e, em suas apresentações no Beco, uma casa noturna de grande sucesso na época, então dirigida com grande competência e classe por Abelardo Figueiredo, emocionavam os que já amavam os Beatles e os Rolling Stones. Grandes cabeleiras, armados de guitarras e baixos elétricos, mais poderiam parecer os inimigos do Fino do que defensores da MPB tão amada.

Caetano estava longe do tímido baiano que arrasava ao ouvir do Blota: “...e a palavra é...”. Naquela noite, sua boa palavra seria julgada naquele teatro lotado de gente emocional e emocionada. Sua entrada no palco, cabelos encaracolados, o mesmo terno quadriculado e o sorriso irônico que mais parecia o do Coringa, saído das histórias em quadrinhos do Batman, acompanhado daqueles estranhos seres, que carregavam instrumentos até então proibidos, chocou a platéia, que, parecia, iria rechaçá-lo ao primeiro acorde. A vaia foi monumental.

Caetano entrou no palco enfurecido, caminhando contra o vento, sem lenço e sem documento. Mas os sons e o ritmo alegre e descontraído da marchinha Alegria Alegria acabaram por fazer aquela gente ouvir a pergunta crucial que a letra sugeria para aquele momento maravilhoso: “Por que não?” e repetia “por que não?”, e mais uma vez ainda: “por que não?” Aquela gente então deve ter se perguntado: “Ora, e por que não?”, e aplaudiu em delírio o assustado Caetano, que, de tão surpreso com a ovação inesperada, caiu de bunda no palco, sorrindo, consagrado, maravilhado. Ele, o filho abusado de dona Canô, o exibido de Santo Amaro da Purificação, o irmão da Berré, que, se dependesse de seu empresário, nem deveria cantar.

Guilherme Araújo, com lágrimas nos olhos, invadiu os bastidores. Ao passar por mim, agarrou os meus braços e, parecendo não acreditar no que tinha acontecido, perguntava sem parar: — Meu querido, você viu? Você viu? — Viu o que, Guilherme? — Viu o que aconteceu com o Caetano? — Claro que vi, Guilherme. E o Brasil inteiro também viu".


Fonte: Prepare seu Coração (A História dos Grandes Festivais) – Solano Ribeiro – Geração Editorial, 2002

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Thalita Pertuzzatti


As Curvas da Estrada de Santos:


Velha Roupa Colorida:


Eu sei que vou te amar:

domingo, 17 de agosto de 2008

Bianca Toledo


Nada Mais:


Fascinação - Eu sei que vou te amar


Aquarela do Brasil:

sábado, 16 de agosto de 2008

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Ivete Sangalo


Festa:


Sorte Grande:


Não Quero Dinheiro:

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Ney Matogrosso

Uma releitura de Ney Matogrosso sobre a obra de Cartola:


Até o Fim, com Chico Buarque


Mulheres de Atenas


Rosa de Hiroshima

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Ricky Vallen

Cidadão


E Não Vou Deixar Você Tão Só


Alguns Trejos

domingo, 20 de julho de 2008

Sandy & Junior



História de Sandy e Junior (Resumo da Carreira):


Inesquecível:


A Lenda:

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Caetano Veloso




Sozinho:




Linda:




Garota de Ipanema, com João Gilberto:


quarta-feira, 16 de julho de 2008

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Carla Piscila

La solitudine


Con te partiro


Love by grace

domingo, 1 de junho de 2008

Patricia Camin

Dio Como Ti Amo


Eu Sei Que Vou Te Amar


I Will Survive

sábado, 10 de maio de 2008

Bianca Toledo

I Will Always Love You


Explode Coração


Caçador de Mim

quarta-feira, 30 de abril de 2008

terça-feira, 22 de abril de 2008

Carla Priscila

Mandy


One moment in time


Strani Amore

terça-feira, 15 de abril de 2008

Erika Rodrigues

Power of Love


Olha o que o amor me faz


Without You

terça-feira, 1 de abril de 2008

Ney Matogrosso

Balada do Louco


Homem Com H


Sangue Latino

domingo, 30 de março de 2008

Patricia Camin

The Greatest Love of All


Did We Almost Have it All


Maria Maria

sábado, 22 de março de 2008

Betty Faria



Betty Faria é uma das actrizes mais importantes da televisão brasileira. No entanto, o veículo onde ela explora melhor todas as suas potencialidades é o cinema, declaradamente a grande paixão da actriz. Desde sua estreia na década de 60 que Betty Faria é presença constante nas telas e em filmes expressivos. A actriz costuma brincar, dizendo que o cinema brasileiro é o seu grande príncipe e que ela está sempre disponível para ele, a espera de convites.Trabalhou na produção de `Jubiabá`, de Nelson Pereira dos Santos, e por isso conhece os dois lados, sabe as dores e as delícias de se fazer cinema no Brasil.

Bailarina, Betty Faria marcou presença em revistas musicais no inicio da carreira, com trabalhos para o mitológico Carlos Machado. Muito anos depois, protagonizou o programa ``Brasil Pandeiro´, na Globo, em que homenageava o teatro de revista. Desenvolveu uma carreira importante nas novelas em marcos como `Pecado Capital´ e em muitas outras, mas é o cinema que revela em tamanho exacto o talento da actriz, que mistura em suas interpretações um certo ar malandro e uma entrega absoluta e apaixonada, de quem realmente ama o cinema.

Premiada e homenageada pelos nossos Festivais, Betty Faria já actuou até agora em cerca de 20 filmes. Estreou no cinema nos anos 60 em `O Beijo, de Flávio Tambellini, marca presença no Cinema Marginal, e tem seu primeiro grande papel em `A Estrela Sobre`, de Bruno Barreto, em 1974. Durante a carreira, a atriz teve a felicidade de interpretar pelo menos quatro personagens inesquecíveis: a Leniza Mayer de `A Estrela Sobe`, a Salomé de `Bye Bye Brasil´, a Fausta de `Romance da Empregada` e a Dália de `Anjos do Arrabalde`. `Romance da Empregada´ é o melhor filme de Bruno Barreto – na época, a interpretação da actriz fez sucesso no Festival de Cannes. Já `Bye Bye Brasil´ e um dos nossos maiores clássicos.

- `O Beijo` (1964), de Flávio Tambellini;
- `Amor e Desamor´ (1965), de Gerson Tavares;
- `A Lei do Cão´ (1967), de Jece Valadão;
- `As Sete Faces de um Cafajeste´ (1968), de Jece Valadão;
- ``Piranhas do Asfalto´ (1970), de Neville D´Almeida;
- `Os Monstros do Babaloo´ (1970), de Elyseu Visconti;
- `Som, Amor e Curtição´ (1972), de J.B. Tanko;
- `A Estrela Sobe` (1974), de Bruno Barreto;
- `O Casal´ (1975), de Daniel Filho;
- `Dona Flor e Seus Dois Maridos´ (1976), de Bruno Barreto;
- `O Cortiço` (1978), de Francisco Ramalho Jr.;
- `Bye Bye Brasil` (1979), de Carlos Diegues;
- `O Bom Burguês` (1983), de Oswaldo Caldeira;
- `Jubiabá` (1987), de Nelson Pereira dos Santos;
- `Anjos do Arrabalde` (1986), de Carlos Reichenbach;
- `Um Trem Para as Estrelas` (1987), de Carlos Diegues;
- `Romance da Empregada` (1988), de Bruno Barreto;
- `Lili, A Estrela do Crime` (1989), de Lui Farias;
- `Perfume de Gardênia` (1995), de Guilherme de Almeida Prado;
- `For All, O Trampolim da Vitória` (1997), de Buza Ferraz e Luiz Carlos Lacerda;
- `Sexo, Amor e Traição' (2004), de Jorge Fernando;
- `Bens Confiscados' (2004), de Carlos Reichenbach.

quarta-feira, 12 de março de 2008

Caetano Veloso

Caetano Emanuel Viana Teles Veloso (Santo Amaro da Purificação, 7 de agosto de 1942) é um músico e escritor brasileiro.



Biografia

Nascido na Bahia, é o quinto dos oito filhos de José Teles Velloso (Seu Zezinho), funcionário público dos Correios falecido em 13 de dezembro de 1983 aos 82 anos, e Claudionor Viana Teles Velloso (Dona Canô), nascida em 16 de setembro de 1907.

O nome da irmã foi por ele escolhido inspirado em uma canção famosa da época (18 de junho de 1946) na voz do cantor Nélson Gonçalves, Maria Bethânia, do compositor Capiba. Na infância, foi fortemente influenciado por arte, música, desenho e pintura; as maiores influências musicais desta época foram alguns cantores em voga na época, como "o rei do baião" Luiz Gonzaga, e canções de maior apelo regional, como sambas de roda e pontos de macumba. Em 1956 freqüentou o auditório da Rádio Nacional, na capital fluminense, que contava com apresentações dos maiores ídolos musicais brasileiros. Em 1960 mudou-se para Salvador, onde aprendeu a tocar violão. Apresentou-se em bares e casas noturnas de espetáculos. Nesta época, o interesse por música se intensificou. Cedo na carreira retirou um "l" de seu nome, optando por Caetano Veloso.

Trajetória artística

Iniciou a carreira interpretando canções de bossa nova, sob influência de João Gilberto, um dos ícones e fundadores do movimento. Colaborou com os primórdios de um estilo musical que ficou conhecido como MPB (música popular brasileira), deslocando o melodia pop na direção de um ativismo político e de conscientização social. O nome ficou então associado ao movimento hippie do final dos anos 1960 e às canções do movimento da Tropicália. Trabalhou como crítico cinematográfico no jornal Diário de Notícias, dirigido pelo diretor e conterrâneo Glauber Rocha. A obra adquiriu um contorno pesadamente engajado e intelectualista e o artista firmava-se sendo respeitado e ouvido pela mídia e pela crítica especializada.

Participou na juventude de espetáculos semi-amadores ao lado de Tom Zé, da irmã Maria Bethânia e do parceiro Gilberto Gil, integrando o elenco de Nós por exemplo, Mora na filosofia e Nova bossa velha, velha bossa nova em 1964. O primeiro trabalho musical foi uma trilha sonora para a peça teatral Boca de ouro, do escritor Nelson Rodrigues, do qual Bethânia participou em 1963, e também escreveu a trilha da peça A exceção e a regra, do dramaturgo alemão Bertolt Brecht, dirigido por Álvaro Guimarães, na mesma época em que ingressou na Faculdade de Filosofia da Universidade Federal da Bahia.

Início da carreira musical

Foi lançado no cenário musical nacional pela irmã, a já reconhecida cantora Maria Bethânia, que gravou uma canção da autoria no primeiro disco, Sol negro, um dueto com Gal Costa, as cantoras que mais gravaram músicas da autoria. Em 1965, lançou o primeiro compacto, com as canções Cavaleiro e Samba em Paz, ambas de sua autoria, pela RCA, que posteriormente transformou-se em BMG (atualmente Sony BMG), participando também do musical Arena canta Bahia (ao lado de Gal, Gil, Bethânia e Tom Zé), dirigido por Augusto Boal e apresentado no TBC (São Paulo). Teve músicas inclusas na trilha do curta-metragem Viramundo, dirigido por Geraldo Sarno.

O primeiro LP gravado, em parceria com Gal Costa, foi Domingo (1967), produzido por Dori Caymmi, foi lançado pela gravadora Philips, que posteriormente transformou-se em Polygram (atualmente Universal Music), que lançaria quase todos os discos. Domingo contou com uma sonoridade totalmente bossa-novista, e a ele pertence o primeiro êxito popular da carreira, a canção Coração vagabundo. Mesmo não tendo sido um estrondoso sucesso, garantiu um bom reconhecimento à dupla e foi muito aclamado pelo meio musical da época, como Elis Regina, Wanda Sá, o próprio Dori Caymmi e Edu Lobo, marcando a estréia de ambos nessa gravadora, a convite do então diretor artístico João Araújo. A canção Um dia, no repertório deste, recebeu o prêmio de melhor letra no II Festival de Música Popular Brasileira da TV Record

Tropicalismo

Nesse mesmo ano, a canção Alegria, Alegria, que fez parte do repertório do primeiro LP individual, Caetano Veloso (janeiro de 1968), que trouxe canções como Alegria alegria, No dia em que vim-me embora, a antológica Tropicália, Soy loco por ti América e Superbacana, e também lançada em compacto simples, ao som de guitarras elétricas do grupo argentino Beat Boys, enlouqueceu o terceiro Festival de Música Popular Brasileira (TV Record, outubro de 1967), juntamente com Gilberto Gil, que interpretou Domingo no Parque, classificadas respectivamente em quarto e segundo lugar. Era o início do Tropicalismo, movimento este que representou uma grande efervescência na MPB.

Este marco foi realizado pelo lançamento do álbum Tropicália ou Panis et Circensis (julho de 1968), disco coletivo que contou com as participações de outros nomes consagrados do movimento, como Nara Leão, Torquato Neto, Rogério Duprat, Capinam, Tom Zé, Gil e Gal. Ficou associada a este contexto a canção É Proibido Proibir, da sua autoria (mesmo compacto que incluía a canção Torno a repetir, de domínio público), que ocasionou um dos muitos episódios antológicos da eliminatória do 3º Festival Internacional da Canção (TV Globo), no Teatro da Universidade Católica (São Paulo, 15 de setembro de 1968). Vestido com roupa de plástico, ele lança de improviso um histórico discurso contra a platéia e o júri. "Vocês não estão entendendo nada!", grita. A canção é desclassificada, mas também foi lançada em compacto simples. Em novembro, Gal defende sua canção "Divino maravilhoso", parceria sua com Gil, no mesmo musical onde participou defendendo a canção "Queremos guerra" (de Jorge Benjor). Caetano lançou um compacto duplo que continha a gravação do samba "A voz do morto" que foi censurado, com isso o LP foi recolhido das lojas.

Caetano Veloso e Jorge Mautner foram os primeiros andróginos da Música Popular Brasileira. Em seu primeiro show na volta ao Brasil, em 1972, Caetano encarava o público de brincos de argolas, tamancos, baton e tomara-que-caia. Caetano Veloso é a maior referência para o artista Ney Matogrosso - que mais tarde estrearia no grupo Secos & Molhados.

Ditadura militar

Desde o início da carreira, Veloso sempre demonstrou uma posição política ativa e esquerdista, ganhando por isso a inimizade do regime militar instituído no Brasil em 1964 e cujos governos perduraram até 1985. Por esse motivo, as canções foram freqüentemente censuradas neste período, e algumas até banidas. Em 27 de dezembro de 1968, Veloso e o parceiro Gilberto Gil foram presos, acusados de terem desrespeitado o hino nacional e a bandeira brasileira. Foram levados para o quartel do Exército de Marechal Deodoro, no Rio, e tiveram suas cabeças raspadas.

Ambos foram soltos em 19 de fevereiro de 1969, quarta-feira de cinzas, e seguiram para Salvador, onde tiveram de se manter em regime de confinamento, sem aparecer nem dar declarações em público. Em julho de 1969, após dois shows de despedida no Teatro Castro Alves, nos dias 20 e 21, Caetano e Gil partiram com suas mulheres, respectivamente as irmãs Dedé e Sandra Gadelha, para o exílio na Inglaterra. O espetáculo, precariamente gravado, se transformou no disco Barra 69, de três anos mais tarde.

Antes de partir para o exílio, em abril e maio de 1969, Caetano gravou as bases de voz e violão do próximo disco, Caetano Veloso, que foram mandadas para São Paulo, onde o maestro Rogério Duprat faria os arranjos e dirigiria as gravações do disco, lançado em agosto - um dos únicos que não traz uma foto sua na capa. No repertório, destaque para as canções Atrás do trio elétrico (lançada em novembro em compacto simples com Torno a repetir), Irene feita na cadeia em homenagem à irmã, o grande sucesso Marinheiro só, e regravações de Carolina, de Chico Buarque (regravada muitos anos depois no CD Prenda minha) e o tango argentino Cambalache.

A canção Não identificado, desse mesmo disco, foi lançada em novembro em compacto simples, juntamente com Charles anjo 45, de Jorge Ben, em dueto com o próprio. Além disso, também trabalhou como produtor musical, com João Gilberto (João voz e violão), Jorge Mautner (Antimaldito), Gal Costa (Cantar, cujo espetáculo originado deste também foi dirigido por ele) e a irmã Maria Bethânia (Drama - Anjo Exterminado, com faixa-título da autoria), caracterizando-se também por numerosas canções gravadas por outros intérpretes.

Década de 1970

Em janeiro de 1972, Caetano Veloso retornou definitivamente ao Brasil, após haver visitado o país em agosto de 1971, onde participou de um encontro histórico, ao lado de João Gilberto e Gal Costa, realizado pela extinta TV Tupi. Ao lado deste que fora uma das maiores influências, participou em 1981 do álbum Brasil, do seu mestre João Gilberto. O disco, que contou também com a presença de Gil e Bethânia, foi lançado pela gravadora WEA, paralelamente à estréia da peça O percevejo, do poeta russo Vladimir Maiakóvski, com a participação de Dedé Veloso como atriz, e alguns poemas musicados pelo próprio Caetano. Um deles, O amor, se tornaria sucesso na voz de Gal.

Em 1974 lançou, ao lado de Gil e Gal, o disco Temporada de verão, gravado no Teatro Castro Alves, em Salvador, com destaque para a regravação de Felicidade, de Lupicínio Rodrigues, e as inéditas De noite na cama (que seria regravada posteriormente por Marisa Monte e Erasmo Carlos, novamente obtendo êxito) e O conteúdo, ambas de sua autoria.

A Tropicália seria retomada no álbum Tropicália 2 (1993), que comemorou os vinte e cinco anos do movimento e trinta anos de amizade entre Caetano e Gil, e ainda retomando a parceria entre ambos, contendo algumas doses de experimentalismo (Rap popcreto, Aboio, Dada, As coisas), uma crítica à situação política do país (Haiti - rap social da dupla), uma homenagem ao cinema (o movimento Cinema novo), ao carnaval baiano (Nossa gente - também gravada pela banda Cheiro de amor com sucesso), ao poeta Arnaldo Antunes (As coisas - cuja letra foi musicada de um trecho deste livro homônimo), e ainda ao músico Jimi Hendrix, com Wait until tomorrow. Anteriormente, ambos já haviam lançado um compacto simples com as canções Cada macaco no seu galho (Riachão), também inclusa no repertório deste, e Chiclete com banana (Gordurinha e Almira Castilho).

Em 1973, apresentou-se no evento Phono 73, série de espetáculos promovidos pela gravadora Philips com todo o elenco desta, no Anhembi (São Paulo), onde ele cantou a canção Eu vou tirar você deste lugar, do ícone considerado brega Odair José. Um compacto simples com as musicalizações para Dias dias dias (com citação para Volta, de Lupicínio Rodrigues) e Pulsar (Augusto de Campos) saiu encartado em Caixa preta (Edições Invenção), obra do poeta em parceria com Júlio Plaza; quatro anos depois, também saiu acoplado ao livro Viva vaia (editora Duas Cidades), que seria então publicado por Augusto. Participou de um espetáculo com Gilberto Gil na Nigéria (1977), onde passaram cerca de um mês. Em abril, foi publicado pela editora Pedra q ronca o livro Alegria alegria, com uma série de artigos, manifestos e poemas de Caetano, além de entrevistas com ele, realizada pelo conterrâneo, amigo e poeta Waly Salomão.

Em 1979, apresentou-se em um festival na TV Tupi defendendo a canção Dona culpa ficou solteira, de Jorge Ben, onde foi vaiado e a canção desclassificada.

A década de 1970 foi muito importante para carreira de Caetano, e para toda a MPB. Entre as canções de Caetano mais representativas desse período, estão, entre outras: Louco por você, Cá-já, A Tua presença morena, Épico, It's a long way, Um índio, Oração ao tempo, A little more blue, Nine out of ten, Maria Bethânia, Júlia/ Moreno, Minha Mulher, Tigresa, Cajuína, You don't know me e London London.

Doces Bárbaros

Ao lado dos colegas Gilberto Gil e Gal Costa, lançou o disco Doces Bárbaros, do grupo batizado com o mesmo nome e idealizado pela irmã Maria Bethânia, que era um dos vocais da banda. O disco é considerado uma obra-prima; apesar disso, curiosamente na época do lançamento (1976) foi duramente criticado. Ao longo dos anos, o lema Doces Bárbaros foi tema de filme com direção de Jom Tob Azulay, DVD e enredo da escola de samba GRES Estação Primeira de Mangueira'em 1994, com a canção Atrás da verde-e-rosa só não vai quem já morreu (paráfrase do verso de Atrás do trio elétrico, gravada em 1969), puxadores de trio elétrico no carnaval de Salvador, apresentaram-se na praia de Copacabana e numa apresentação para a rainha da Inglaterra. O quarteto Doces Bárbaros era uma típica banda hippie dos anos 1970.

Inicialmente o disco seria gravado em estúdio, mas por sugestão de Gal e Bethânia, foi o espetáculo que ficou registrado em disco, sendo quatro daquelas canções gravadas pouco tempo antes no compacto duplo de estúdio, com as canções Esotérico, Chuckberry Fields Forever, São João Xangô Menino e O seu Amor, todas gravações raras.

Anos 80

Nos anos 1980, cresceu a popularidade no exterior, principalmente em Israel, Portugal, França e África. Comandou, em 1986, ao lado de outro dos grandes cantores de sua geração, o carioca Chico Buarque, com quem gravou um antológico disco ao vivo em 1972, na apresentação do programa Chico e Caetano (TV Globo). O sucesso deste acabou por originar o álbum Melhores momentos de Chico e Caetano, que contou com a participação especial, dentre outros, de Rita Lee, Jorge Benjor, Astor Piazzolla, Elza Soares, Tom Jobim, Luiz Caldas, o grupo Fundo de Quintal e Paulo Ricardo.

Além deste, neste ano lançou dois discos: Totalmente demais, originado de um espetáculo acústico (outubro de 1985) que fora gravado no hotel carioca Copacabana Palace. Este disco, lançado para o projeto Luz do Solo inclusive, foi o primeiro grande sucesso da carreira, que vendeu cerca de 250 mil cópias e que trouxe regravações de canções que fizeram sucesso na voz de outros cantores, com destaque para a faixa-título, proibida pelo regime militar havia três anos, e ainda Caetano Veloso, também conhecido como Acústico, pelo selo Nonesuch, que trouxe regravações dos antigos sucessos neste formato. Este disco contou com a participação especial de três músicos: Tony Costa (violão), Marcelo Costa e Armando Marçal (percussão). Lançado inicialmente nos EUA, onde foi gravado, foi distribuído no Brasil somente quatro anos depois (outubro de 1990) e obteve boa recepção crítica, originando um espetáculo na casa carioca Canecão, que seria reiniciado em abril de 1991. Nesse mesmo mês, no dia 21, dia de Tiradentes, fez uma apresentação em homenagem ao Dia da Terra, que contou com a participação de cerca de cinqüenta mil pessoas, realizado na enseada do Botafogo, no Rio de Janeiro.

Em 1981, o disco Outras palavras atingiu a marca de cem mil cópias vendidas, tornando-se o maior sucesso da carreira até então e lhe garantiu o primeiro Disco de Ouro. A vendagem deste disco foi impulsionada pelos sucessos Lua e estrela e Rapte-me camaleoa, esta última composta em homenagem à atriz Regina Casé. Neste disco também homenageou a também atriz Vera Zimmerman, com a canção Vera Gata, a língua portuguesa, numa incursão poética vanguardista (com a faixa-título), o estado de São Paulo (Nu com a minha música), o poeta Paulo Leminski (Verdura), a cultura do candomblé e umbanda (Sim/não), o grupo Os Trapalhões (Jeito de corpo) e o cantor francês Henri Salvador (Dans mon ile), a quem também homenageria na canção Reconvexo, gravada por Maria Bethânia. Nessa mesma época, causou polêmica ao se desentender com a imprensa especializada (jornalistas e poetas como Décio Pignatari com quem se reconciliaria em 6 de dezembro de 1986, José Guilherme Merquior - que o acusou de "pseudo-intelectual que tenta usurpar a área do pensamento", e Paulo Francis).

Participou como ator, em 1982, do filme Tabu, de Júlio Bressane, onde interpretou o compositor Lamartine Babo, e sete anos depois, de Os Sermões - A História de Antônio Vieira, como Gregório de Matos, também de autoria de Júlio. No ano seguinte, inaugurou o programa Conexão Internacional, da extinta TV Manchete, numa gravação realizada em Nova Iorque, onde entrevistou Mick Jagger, cantor do grupo Rolling Stones. Em fins de 1988 - dezembro, a editora Lumiar publicou um songbook (livro de canções), produzido por Almir Chediak, desmembrado em dois volumes e com as letras e cifras de 135 músicas.

Em 1984 veio Velô, acompanhado pelos músicos da Banda Nova, com destaque, dentre outras, para Podres poderes, O pulsar, a regravação de Nine out of ten (gravada originalmente no álbum Transa, de 1972), O quereres, uma homenagem ao pai com O homem velho, Comeu, Shy moon e Língua, uma homenagem à língua portuguesa. Estas duas últimas contaram com as participações especiais de Ritchie e Elza Soares.

Valendo-se ainda do filão engajado da pós-ditadura cantou, ainda que com uma participação individual diminuta, no coro da versão brasileira de We Are the World, o hit estadunidense que juntou vozes e levantou fundos para a África ou USA for Africa. O projeto Nordeste Já (1985), abraçou a causa da seca nordestina, unindo 155 vozes num compacto, de criação coletiva, com as canções Chega de Mágoa e Seca d´Água. Elogiado pela competência das interpretações individuais, foi no entanto criticado pela incapacidade de harmonizar as vozes e o enquadramento de cada uma delas no coro.

A década de 1980 foi o momento em que Caetano começou a lançar seus discos e fazer shows maiores no exterior. Dentre as gravações mais representativas deste período na carreira do artista, e para toda a MPB, estão, entre outras: Os outros românticos, O estrangeiro, José, Giulieta Massina, O ciúme, Eu sou neguinha, Ele me deu um beijo na boca, Outras Palavras, Peter Gast, Eclipse oculto, Luz do sol, Jasper, Queixa, O quereres, O homem velho, Trem das cores, Noite de Hotel, Este amor, Rapte-me camaleoa, Língua e Podres Poderes.